quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Capitulo 03 : Uma lágrima*





Acordei com a luminosidade do quarto, ao abrir os olhos percebe a enorme dor de cabeça que estava sentindo, percebe também que minha mãe estava na cabeçeira da cama. Me ajeitei e sentei, olhei pra ela, a cara não parecia muito boa, então baixei a cabeça e disse:
_Desculpe!
_ Tudo bem, todo mundo estrapola as vezes, não estou chateada com isto!_ Levantei a cara e olhei pra ela, ja estava parecendo melhor, então prossequiu_ Estou chateada por você ter perdido aula e também a sua prova de física!
_ Perdi porque? que horas são?
_ Onze da manhã já, era pra você está quase voltando da aula!
_ Caraca! Não acredito_ Esfrequei os olhos e passei a mão no cabelo o ajeitando_ Quem me trouxe?
_ Quem mais seria? O Bernado, eu sei porque você foi beber, ninquem lá estava bebendo, so o senhorzinho pra frente!
_ Desculpa mãe,eu ja pede. Ah maldita dor de cabeça!
_ Tudo bem lindo_ Ela me deu três tapinhas na minha perna e disse_ Vai tomar banho que vou preparar algo pra você comer!
_ Está bem mãe_ Ela veio e me deu um beijo no rosto,viu o que eu disse, mesmo conversando pouco eu e minha mãe entendemos um ao outro!
Levantei e fui direto pro banheiro, cara, minha cabeça doia, fiquei umas meia hora de baixo do chuveiro. Ja tinha me vestido quando a porta do meu quarto foi batida!
_ Melhorou?
_ Sim, tô melhor, e lá na escola hoje, como foi tudo Bella?
_ Ah, a professora perguntou por você, nós dissemos que você tava passando mal, ela disse que não precisa esquentar não, ela vai repetir a prova pra tu!
_ Menos mal_ pequei a camisa e a veste, liquei o computador e sentei na cadeira que fica de frente a ele_ e foi o Bernado que me trouxe mesmo?
_ Foi, ele ficou muito preocupado com você, deixou até a Amandinha sobrando pra vir te trazer em casa, mais cara, você bebeu demais!
_ Não me lembro! pensei que havia tomado so uma taça!
_ Uma? uma mais cinco né! Que deu em você pra beber tanto assim?
_ Não sei, ultimamente nem eu estou me entendendo!
_ Bem, Bernado vai vir aqui daqui a pouco, ele passou a manhã toda falando e preocupado com você!
_ Mesmo?_ Um sorriso inexplicavél se abriu na meu rosto, mais logo tratei de me controlar_ Não precisava, eu estou ótimo! so um pouco com dor de cabeça!
Acabando de falar isso, Bernado entra pela porta do quarto e ja sai falando:
_ Fiquei sabendo que tá melhor, ainda bem, cara fiquei muito preocupado com tú, o que deu em voce pra...
_ Pelo amor de Deus! O mesmo sermão que Bella ja me deu não né? Eu não sei o que deu em min ok_ por alguns segundos eu me alterei, fiquei nervoso e gritei com eles, logo voltei ao normal, nem sei porque gritei daquele jeito, mais deve ser a dor de cabeça_ Me desulpa gente, ultimamente estou meio diferente.
_ Dá pra se notar_ Disse Bella, ela veio até min e me abraçou, depois continuou_ Tenho que ir, vou no shopping com a Lú, amanhã você vai na aula né?
_ Sim, é lógico!
_ Até lá então, Adeús amores!
Bella saiu do quarto cantarolando, Bernado virou pra min, me olhou nos olhos e falou:
_ Cara, fiquei preocupado mesmo com você, tú tava muito mal, tem certeza que tá melhor!
_ Sim, estou, sô um pouco com dor de cabeça, mais estou bem!
_ Cara, quando passa pela sala senti o cheiro de bolo de chuva que sô sua mãe sabe fazer!
_ É ela esta preparando algo pra min comer, vamo lá, ai você aproveita e dá uma biliscada em algo também!
_ Ô dêmoro meu fi, vamos simborá! tõ morrendo de fome!
Descemos as escadas e passamos pela copa, Lucia estava limpando a mesa, quando me viu deu uma risadinha e abriu os braços esperando um abraço meu, corri a te ela e a abraçei
_ Zuiudinho sem juizo!
_ Bença dindinha!
_ Deus te abençõe meu filho, vai lá comer algo, sua mãe esta esperando
_ Tá bom, vamos lá Bê!_ O cheiro gostoso de bolinho de chuva frito estava espalhado pela cozinha, meu estômago remoia de fome, na mesa havia uma grande jarra de suco de laranja bem gelado e café com leite, minha mãe estava na beira do fogão fritando os bolinhos. Antes mesmo de comprimenta-lá ela virou e disse:
_ Sabia que iria sentir o cheiro lá do seu quarto!
_ Mais nem deu tempo, o Bê me avisou antes mesmo que pudesse sentir algo_ eu ri!
Minha mãe virou-se e ficou alegre em ver o Bê, porque alias, ela gostava muito da presença dele em nossa casa, coisa que ja era de costume, e também queria agradeço-lo por ter me trazido ontem
_ Oi Bê, nem sabia que estava aqui, tá bem?
_ Joinha tia Sarah, é que tia Lúcia abriu a porta pra min, fui deireto ver o Icaro!
_ Alias, obrigada por ter cuidado dele pra min ontem, esse gurizinho não sabe o que faz, senta ai que estou acabando de fritar uns bolinhos e ja sirvo vocês dois!
_ Esses bolinhos de senhora são incríveis!
_ Lembra quando você era pequeno e fugia pra cá so pra comer alguns bolinhos?
_ Lembro é logico, e tio Jorge fazia vitamina de abacate pra gente, tempos inesquesivéis!
Nesta hora o semblante de minha mãe mudou, apesar de já se passarem cinco anos, sempre que ouvia o nome do papai ela se entristecia, era como se cutucassem uma ferida no seu coração, não gostava de a ver assin, então tratei logo de mudar de assunto:
_ Mãe sabia que a professora vai repetir a prova pra min?
_ Nossa, que bom meu filho! _ É realmente não deu certo, ela ficou triste mesmo, acabou de tirar os bolinhos da gordura, colocou em cima da mesa e disse_ Não vou acompanhar vocês porque ja tomei café, mais bom apetite, vou subir e ler um pouco, beijinhos crianças!
Assim que minha mãe saiu, Bê tratou de se desculpar:
_ Fiz mal falar o nome do tio Jorge ne?
_ Não, é que ela sempre fica assim quando se fala dele!
_ Deve que ela não esqueçeu ele até hoje né?
_ È, acho que ela o ama muito ainda, nunca vi ela com nenhum namorado depois da morte dele!
_ E você? senti saudades dele?
_ Lógico que sinto, mais é que quando ele morreu eu estava muito novo, nem pude aproveita-lo direito, sabe, tipo jogar bola no campo do bairro, ou ir em algum shopping ou outros lugares com ele, ou no menos ele me levar de carro pra escola ou alguma festa!_ E nesse momento, sem eu ao menos entender, uma lágrima caiu dos meus olhos, eu a enchuquei rapidamente, mais Bê perceber, ele se levantou, veio ate min e me abraçou, naquele momento eu desabei no choro
_ Não fica assim não véi! ele esta lá em cima olhando por vocês dois, eu sei que está!
_ Eu sei, mais eu nunca tinha lidado com a morte antes, e a primeira experiência foi logo com meu pai? isso não é justo!
_Icaro_ ele deixou de me abraçar, segurou na minha nuca e olhou nos meu olhos_ Você sabe que sempre pode contar cumigo, em tudo mesmo viu!
_ Eu sei bê, obrigado pela força_ ele me abraçou novamente e eu enchuquei as lagrimas, não queria chorar por causa disto mais, tipo, se Deus havia levado meu pai não era atóa, concerteza ele ja tinha feito sua missão aqui na terra, e hoje, concerteza, estava lá no céu olhando por min e pela minha mãe, mais a saudade dele eu sempre vou carregar comigo, sinto falta dele, falta do colo dele, falta da voz rouca e grossa que ele tinha, e dos lindos olhos verdes dele que eu não erdei_ Vamos comer Bê?
_ Vamos então!"
Bernado ficou lá em casa até a tardizinha, vimos alguns filmes, ouvimos música e jogamos algumas partidas de futebol no video game. Assim que levei ele até a porta pra ele ir embora, subi as escadas correndo e bate na prota do quarto de minha mãe!
_ Posso entrar?
_ Pode querido, venha cá_ Minha mãe estava deitada na cama, os olhos um pouco avermelhados, acho que estava chorando, deitei no seu lado e a abraçei!
_ Você estava chorando?
_ Não, é impreensão sua meu amor!
_ Mãe, te conheço muito bem, sente falta dele né?
_ Sinto meu filho, é como se faltasse uma parte de min, é como se as vezes eu não tivesse coração, pulmão ou outro orgão importante que preciso_ ela virou na cama e ficou cara a cara comigo, me acariciou o rosto e disse_ Eu ja perde uma coisa que amo, não quero perder outra, promete pra min que sempre vai tomar cuidado?
_ Prometo mãe, eu nunca vou te deixar!
_ Você nunca vai abondonar a mãe?
_ Mãe, vocé é minha vida, como posso deixar a senhora? pra onde eu mais iria? _ ela me beijei e me apertou entre os braços, pude sentri o cheiro de erva doce que el sempre tinha, então, sem mais nem mesnos, nos adormecemos!