quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Capitulo 07: Um momento, um impulso! (2º parte)


_ Você anda pensativo demais, é nela que esta pensando?
_ Ah, né não, só tó com sono, é isso, so um pouco de sono!
_ Se eu não te conheçesse né filho! e você já se decidiu? vai se declarar?
_ Não sei, acho que vou pensar mais antes!
_ Bobinho! você é um menino ótimo, de bom carater e é lindo, qual menina que não vai gostar de ter você aos pés dela?
_ Não sei, um do tipo anti-social?_ minha mãe e eu soltamos uma grande gargalhada e ela me olhou nos olhos
_ Só você mesmo pra alegrar meus dias!
_ E ai mãe? como foi o baile ontem?
_ Normal!
_ Normal nada, conta-me tudo? algum pretendente?
_ Filho, isso é coisa de perguntar sua mãe? Tinha muito gente bonita, comida boa e dança, e só!
_ Ahan, sei!
_ Parou Icaro Muniz, olha lá sua escola, chegamos, desce vai,vai_ ela sempre fugia do assunto quando eram homens, eu acho que ela ultimamente esta muito felizinha, deve ter alquem no meio disso, eu gostaria, pelo menos assim ela não sofreria tanto por causa da morte do meu pai!
_ Vai com Deus mãe!
_ Tamém filho!
Desci do carro e mandei um beijo de longe pra ela, me virei e dei de cara com Bella, ela não estava com uma cara muito boa, logo perguntei:
_ Que foi?
_Você ainda pergunta? eu não durme direito de noite, estava preocupada com você, o que pensa da vida? cara, tú tá louco é? porque não me ligou?
_ Calma Bella, tá tudo bem, estou vivo não estou? pois é, então fim de papo!
_ Icaro_ ela pegou na minha mão e me puxou pro canto do muro da escola_ Você sabe, pode contar comigo, me conta véi, o que está aconteçendo?
_ Nada!_ mentira minha, eu estava desesperado,confuso, e com medo, mas não podia contar nada pra Bella, seria meu fin, ela não iria entender_ Agora vamos entrar?
_ Sei, te conheço fi, mais te entendo, quando quiser contar eu estou aqui_ Ela me deu um beijo no rosto e nos entramos na escola!
As aulas passaram como um piscar d eolhos, quando dei por min ja estava no final, eu evitei Bê o dia todo, nem sequer olhei pra ele, tenho medo de me entregar, de deixar escapar algo sem querer, seria o fim. Ele uma ou duas vezes passou pela minha mesa e me deu alguns tapinhas na cabeça, ou então me olhava, parecia preocupado, querendo conversar,mais como eu não davra brecha, acho que ele preferiu ficar de longe. Mas quando estava descendo as escadas, indo embora, não teve jeito, ele me gritou, se aproximou e perguntou:
_ O que aconteçeu?
_ Nada, o que poderia ter aconteçido?
_ Para d ementir pra min!_ Bê se exaltou, me puxou pra perto da cantinha da escola, não tinha ninquem lá_ Eu sou seu amigo sei lá, uns 10 anos, e eu te conheço muito bem, sei quando tá triste ou alegre, com problema ou amando, cara, te conheço muito bem, e sei está aconteçendo alguma coisa com você!
_ Porra véi!_ Eu tirei a mão dele do meu braço, pois eu não queria, mas nesta hoa eu estava meio com odio, quem era ele pra me obrigar a contar algo, sim ele é meu amigo, mais meu sofrimento todo tem a ver com ele, e eu irica contar isso, é impóssivel_ Já falei, não tem nada aconteçendo comigo, eu to bem, véi, você e a galera cismaram com isso, me deixa em paz!
_ Para de néura, se abre véi, você sabe que comigo pode contar sempre_ ouvindo isso eu me desesperei, deveria ou não contar tudo? era muito arriscado, mais por outo lado eu iria me sentir melhor_ E você não vai sair daqui sem me contar o que está passando.
Nesta hra ele me agarrou pelo braço, apertava meu antebraço com toda força, eu consequia sentir o calor das mãos dele, eu olhava pra ele e depois voltava a cabeça para as mãos dele, era uma situação estranha e que me deixou com medo,assustado, mais nessa hora, fiz a coisa mais louca e absurda da minha vida, não sei porque e nem como fui tomado pelos meus impulsos, estava totalmente descontrolado e não pensei em nada, me virei e disse:
_ Quer mesmo saber o que esta aconteçendo?_ Ele concordou com a cabeça, não sei de onde tirei essa ideia, mas nesta hora eu não sei com que força, pois Bê sempre foi mais forte do que eu, conseque juntar ele na parede, prendelo pelas mãos e dizer_ 'É isto que esta aconteçendo'!, Caraca, eu fui de encontro ao rosto dele e o beijei, isso mesmo, Beijei Bernado na boca á força. De inicio ele revidou, mais depois acabou aceitando meu beijo, foi o melhor e mais longo beijo da minha vida, cara, parecia que eu estava, sei lá, flutuando, uma sensação mística, uma coisa de louco, e o mais incrível niso tudo, Bê estava me beijando também, ele poderia ter se afastado, ou virado o rosto, ou ter usado a força pra se desprender do meu braço, mais não, estvamos nós lá, nus beijando, na cantina da escola. Aquele beijo mais brusco e romântico ao mesmo tempo, uma ligação entre desejo e paixão, eu respirava apressado e forte, e consequia sentir o coração de Bernado acelerado, estava vermlho e suado e minhas pernas banbas, não sei ao certo quanto tempo este beijo durou, perde a noção do tempo e da fala, de repente, pareçendo ter acordado do nada, Bê parou de me beijar e afastou o rosto do meu.
Nós ficamos lá, um na frente do outro, eu com os olhos fechados e prevejo que ele também, sem dizer uma palavra sequer, meu corpo ainda estava encostado no dele, nossos rostos um perto do outro, eu consequia sentir a respiração ofegante dele bater na minha pele, então resolve quebrar o clima e dizer!
_ Desculpa... caraca, essas foram as palavras mais idiotas que eu disse, poderia ter me declarado, ou então tentar repetir o beijo,mais não, me humilhei pedindo desculpas.
Abri os olos para ver a reação de Bê, meus olhos se encontraram com os lindos olhos azuis dele, ele estava vermelhor, não sei se era de raiva ou de vergonha, não entende ao certo. Bê se soltou do meu abraço e me esbofetou, isso mesmo, ele me deu um tapa na cara, pareçe que com aquele tava eu também levei um tapa na alma, cra, como eu podia tar feito isso? estava louco, dá onde se viu roubar um beijo do Bê? e agora? o que eu iria arrumar, ele poderia contar pra todos, ou tentão nunca mais olhar pra minha cara, eu estava perdito, completamente sem jeito, um medo incalculável veio em minha alma, como eu pude me entregar tanto, ser tão idiota, eu iria perder uma amizade de anos por causa de bobeiras.
_ Como você pode fazer isso?_ caraca, esta frase foi a confirmação de tudo, Bê estava com raiva, e eu sei lá de onde eu tirei essa ideía louca, nem eu me entendi, olhei pro Bê a ultima vez, ele fechou a cara e balançanva a cabeça de um lado pro outro como se estivesse se lamentando, lágrimas rolaram no meu rosto e eu sai correndo, como um vulto, nem olhei pra trás, quiz nem saber, corria tanto que não via ninquem na minha frente, sai louco pelo portão da escola procurando desesperadamente pela carro de minha mãe, 'socorro', onde ela está? eu precisava fugir dali, Bê não podia me ver, me mataria de vergonha, então avistei o carro de minha mãe, parado atrás deum topique que estava estacionada, limpei as lágrimas e corri até ele e entrei:
_ Está tudo bem filho?
_ Sim, tá, mais vamos embora?
_ Nossa que pressa, tudo bem, coloca o sinto ai meu anjo, vamos!
Minha mãe arrancou o carro, ultrapassou a topique e foi, e eu , nem se quer tive a coragem de olhar por lado da escola, vai que via o bê, não seria bom, iria morrer!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Capitulo 07: Um momento, um impulso!

Estou no sofá de casa, pasmo, quieto e no escuro total, esperava que minha mãe chegasse cedo do baile, mais ainda não havia nem sinal dela. Queria sumir, queria morrer, pois agora eu estava num mundo totalmente diferente do meu habitual, estava tendo sentimentos incontroláveis e vuneráveis, o que poderia aconteçer no meu futura? tinha medo de min mesmo, do que poderia fazer, já que o amor que sinto por Bê so vai aumentando com o passar das horas, é como uma doença que vai alastrando pelo meu corpo, cada vez penso mais nele, no jeito dele, na voz dele, e não sei como vou consequir viver escondendo isso, não sei por quanto tempo vou consequir me controlar e não me jogar nos braços dele feito um louco. Meu monologo interio foi interrompido pelo barulho da porta da entrada:
_ Mãe? é você?
_ Filho, graças a deus já chegou, o que você pensa que estava fazendo.._ ela ja veio e me encheu de beijos!
_ Já foi beela fazer fofoquinhas com meu nome pra senhora!_ eu cruzei os braços em sinal de raiva!
_ Sr. Icaro Muniz_ Realmente agora eu percebe que minha mãe estava super nervosa comigo, ela nunca me chamava pelo nome todo, só nas horas de seriedade, e agora era um desses momentos_ Bella está certissima, ela é sua amiga e assim como eu se preocupa com você!
_ Mas não precisava ter incomodado a senhora_ mãe foi até o interrupitor e ligou a luz, veio até min, sentou na mesinha de frente ao sofá, alisou meu rosto e prosequiu falando
_ Claro que precisava, eu sou su amãe e tenho inteira responsabilidade sobre você, o que pensa da vida? sair no meio da noite numa Br movimentada e sozinho ainda?
_ Eu precisava pensar!
_ Que pensasse dentro do carro_ ela se levantou_ meu filho o que está acontecendo com você? tem agido diferente!
- Mãe me desculpa!_ levantei e pequei na mão dela
_ Filho _ ela me abraçou e segurou meus ombros_ Você sabe que sempre pode contar comigo, tem algo que está te pertubando?
_ Mãe... Ela sentou no sofa e colocou meu rosto sobre seu colo.
_ Pode falar, vá em frente!
_ Mãe, é que...é que eu.._ estava meio sem jeito, respirei fundo e tomei coragem_ É que eu estou gostando de uma pessoa ai!
_ Ai que lindo meu filho! quem é?
_ Mãe, você não conheçe não, mais eu estou em duvida se me declaro ou não!
_ Lógico que se declara, ela vai adorar, afinal, você é um menino de ouro!
_ Não sei mãe, ela é minha amiga entende? Tenho medo de perder a amizade dela!
_ Custa nada tentar filho! você nunca vai saber se não arriscar. Quem sabe ela só estar esperando uma iniciativa sua!
Certa, minha mãe está certa, quem sabe não era isso mesmo, as vezes eu teria que arriscar, teria que dar a cara a tapa, mais, e se desse tudo errado como deu com a Nicole? mais coitada de minha mãe, se ela soubesse na verdade que eu amava um menino, perfiri manter segredo de tudo.
_ Mãe! estou com sono, vou dormir!
_ Vái lá meu filho, boa noite!_ Dei um beijo nela e sube prara meu quarto, me tranquei e deitei na cama, cara, eu estava morto de sono e logo adormeci!
Acordei com Lucia me chamando:
_ Zuiudinho! vai pra escola hoje não?_ resmunquei um pouco na cama mais logo me acentei, esfrequei os olhos e estende o braço pra Lucia me abraçar!
_ Você faz falta aqui! _ falei.
_ Mas fiquei fora um dia só_ ela me abraçou e me fez um cafuné.
_ Mesmo assim, ja me acostumei com você por perto!
_ Tive que ir resolver algumas coisas, mas é só eu sair que você apronta né?
_ Desculpa_ O sentimento de culpa me veio novamente, Lúcia não podia ser minha mãe, mais eu a considerava muito.
_ Tá bom, agora levanta e vamo pro banheiro, porque sua mãe ja está la em baixo!
_ Tá, daqui a pouco eu desço_ Ela alisou meu cabelo e saiu do quarto, eu fui pro banheiro, tomei meu banho, me arrumei e desçi, logo na sala de estar minha mãe se encontrava de pé, me esperando, dei um beijo nela e disse:
_ Bom dia mãe!
_ Bom dia amor, dormiu bem?
_ Sim, muito, a senhora vai me levar hoje?
_ Sim, e de lá vou pro supermercado, vai tomar café!
_ Pera ai que ja volto!_ fui até a cozinha, a mesa do café estava posta, pequei so um pãozinho e passei requeijão e ia saindo ate que...
_ Volta e vem tomar café direito!
_ Dindinha, ja estamos atrazados!
_ E por isso você vai passar fome?
_ Ah, eu compro algo na escola.
_ Bobeira como sempre
_ Não, vou comprar bobeira não, eu juro! Bença!
_ Bençõe zuiudinho!
Minha mãe me levou pra escola, dentro do carro eu estava meio pensativo, olhava as casa passando como um vulto, passava por min como se fosses praticamente nada, eram apenas vultos coloridos, e realmente essa fase que eu estava passando podia ser igual! Do mesmo jeito que um dia eu acordei apaixonado por Bê, podia, um dia, acordar sem ao menos lembrar disto tudo, É eu tinha que esqueçer, porque isto não teria futuro algum, seria mais um amor platõnico, um sentimento anormal vivido só por min, Bernado é homen e nem pode imaginar que gosto dele, e eu vou acabar sofrendo muito por causa disto...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Capitulo 06 : Entendendo o mundo interior* (parte II )


Meu Deus, eu não acredito no que estou vendo agora, Nicole do outro lado da Br com metade do corpo enfiado dentro de um carro, Caraca, tudo que eu tinha preconceito estava a meu convivio agora, estava no meio da Br, de noite, atrás de um travesti que por sinal fazia programa e gostando do meu melhor amigo que é um homem. Não podia acreditar na minha situação naquele momento, mais, engoli meu orgulho e resolve mesmo assim ir pedir ajudar á Nicole. Atravessei a Br e chequei até proximo o carro!
_ Nicole?
_ Oi!_ Ela retirou o rosto de dentro do carro, estava muito maqueada e com uma roupa impecável, estava mais linda do que no outro dia que á vi pele primeira vez!
_ Esta lembrada de min?_ Falei meio sem graça!
_ Lógico, o menino do onibus, tudo bem?
_ Tudo, é, eu preciso bater um papo contigo!
_ Mas agora eu estou meio ocuadpa, pode ser depois não?_ Ela olhava pra dentro do carro e fazia sinal para que a pessoa esperaçe um pouco, eu nem quis saber quem estava lá dentro, não era isto que mais me preocupava no momento!
_ Eu pago o dobro que ele vai pagar!_ Arrisquei tudo, pois eu precisava conversar com ela!
Nicole voltou a cabeça pra dentro do carro, que por sinal era um belo carr, conversou algumas coisas qu enão conseque entender muito bem, depois saiu e o carro deu partida e se foi, ela veio caminhando até proximo amin, passou o seu braço por dentro do meu e perguntou:
_ E ai? o que vai ser?
_ Não, eu não quero nada disto que esta pensando não_ falei assustado_ Só quero conversar!
Ela me olhou, riu, balançou a cabeça e disse:
_ Eu achei que você era ingênuo, mais nem tanto, já que você quer pagar pra conversar, tudo bem, vamos até aquele banquinho ali_ Ela me mostou com a cabeça um pequeno banco de madeira que ficava debaixo de uma manqueira que estava á beira da Br_ E sobre o que quer conversar?
_ Como você descobriu que era gay?_ abri o jogo!
_ Já te falei, sempre fui, mais me assumi aso quatorze anos, mais porque está pergunta novamente?
_ Nicole, eu não te conheço direito, mais não sei porque quero me abrir com você!
_ Pode confiar em min gatinho_ ela pegou minha mão e olhou dentro dos meus olhos_ Fala o que aconteçeu com você!
_ É_ caquejei um pouco, mais respirei funto e tomei coragem_ Tó meio confuso!
_ Mais porque? O que aconteçeu?
_ Eu acho que sou gay!
_ Como? você?_ o espanto dela foi eminente, afinal, eu não demonstrava muito, ela prossequiu_ Mais como assim gay? você não da pinta, não pareçe!
_ É eu sei, mais nas ultima semana eu..., Essa historia toda vocês conheçem muito bem e não preciso ficar lembrando ela aqui, contei tudo pra ela, abri totalmente meu coração, falei com eu estava confuso de tudo e como eu tinha a conicta certaza que eu amava o Bê!
_ Entendo você querido!
_ Entende?
_ Sim, quando eu tinha meus quatorze anos me vi completamente apaixonado pelo meu colega de classe!
_ Mesmo?
_ Sim, estava como você, confuso, atormentado e completamente louco por ele!
_ E se declarou?
_ Sim, um dia fui fazer trabalho na casa dele, estavamos sozinhos, a mãe dele tinha saido, a hora era perfeita, então sentei na mesa com ele e aos poucos fui jogando umas idéias e depois me declarei por completo!
_ E ele? como reagiu?
_ No principio ficou espantadom, depois aceitou numa boa, naquela tarde, foi a primeira experiência sexual que tive com outro homen, nos transamos, pra min foi mágico, um momento especial!
_ E pra ele?
_ Não, no outro dia ele espalho pra escola inteira o que tinha aconteçido, aquele disgraçado, ele acabou com minha vida!
_ Porque?
_ Porque? você ainda pergunta? a escola toda me zuava, me xingava, a historia da bichinha era o novo bafão de lá, em poucos dias o bairro todo ja sabia de min!
_ Mais, ele também ficou sujo na praçã não?
_ Não, ele foi o homen da historia, foi o machão que usou o viadinho, eu fui o objeto dele,um momento de pura safadeza e pervertinagem, ele foi o esperto que meteu com a bichinha porque não tinha mais nada pra fazer, um dia eu chequei da escola e vi varias malas na porta de casa, achei que era um parente que havia chegado, corri pra dentro todo empolgado!
_ E não era?_ perguntei preocupado!
_ Não, quando chequei na sala minha família estava toda sentada no sofá, minha mãe com as mãos no rosto, meu pai com cara fechada e minhas irmãs chorando. Nem tive tempo de questionar nada, meu pai já veio pra cima de min me batendo e me xingando, minha mãe chorando tentando tirar ele de perto de min e minhas irmãs correndo pra chamar o vizinho pra ajudar, ele falava que eu não prestava, que era a vergonha da familia, e era pra sumir da frente dele!
_ Nossa!
_ Ele me agarrou pelo braço, me arrastou e me jogou pra fora de casa!
_ Caraca Nicole, que triste!
_ Ele me disse coisas horríveis, meu vizinhos estavão todos fora de suas casa vendo o barraco, ele falava que não queria um filho bichinha, falou que era pra nunca mais apareçer por lá, eu estava sen casa, sen dinheiro e com, e com uma mão na frente e a outra atrás. Fui pra rua, morei uns 2 anos nela, lá aprendi a me drogar e prostituir, por isso hoje eu faço isso, porque não tenho outra escolha!
_ Mais você numca tentou arranjar outro serviço?
_ E desde quando nesse Brasil se contrata travestis?
_ Como assim? não?
_ Lógico que não! eles gostam de gay's, mais travestis não, o preconceito é muito maior que você pode imaginar. Nós não temos vez, somos sinal de promiscuidade e acarretorio de doenças_ Os olhos dela agora brilhavam, eu sabia que estava sendo verdadeira, em vez que eu me abrisse com ela, era a mesma que estava expondo seus sentimentos.
_ Mais porque? eu sei que é meio estranho, mais vocês são completamente normais!
_ É ai que está, nem todos pensan assim. somos motivo de chacota e zombação, somos excluidos, so pra você ter ideía eu não gosto de sair de dia!
_ Porque? _ sei que estou fazendo muitas perguntas, mais o papo com ela tá otimo e eu não podeira deixar de conheçer melhor o mundo dela!
_ As vezes é perigoso eu até apanhar querido, corro risco, e tudo isto por causa de um pequeno erro meu, um pequeno deslize, por isto eu te aconselho, pense muito antes de fazer algo, pense duas ou três vezes antes de tomar alguma decisão.
_ Sim lógico, e eu nem sei se vou fazer alguma coisa, acho melhor guardar segredo, um dia eu esqueço disto tudo!
_ Se o amor for verdadeiro, tão cedo vai embora, vai ficar ai no seu coração guardado pra sempre!
_ Nem me fale isso!_ Lagrimas vieram ao meu rosto,sô de pensar que eu ia ter que conviver com esse amor reprimido dentro de min me estristecia e fazia meu coração doer_ Eu ouço meu coração bater, suo as mãos, sinto tontura, é diferente de tudo que já sente!
_ É, isso é amor e dos piores ainda, capaz de deixar a pessoa completamente vunerável_ ela riu e me deu um leve abraço, um abraço tão gostoso que pensei ser de minha mãe, caraca, como conversar com a Nicole me fazia bem!
_ E o que eu faço Nicole? _ Enxuquei as lágrimas!
_ Dê tempo ao tempo, tudo vai se resolver, você vai ver!
Nossa conversa durou mais algumas longas horas,engraçado, eu me sentia tão seguro e confiava tanto em uma pessoa que mal conheçia, que mal tinha convivência, mais era tão bom expor meus sentimentos assim, com ela, uma pessoa vivida, ela me deu altos conselhos sobre tudo, até sobre 'sexo', coisa que ainda não tinha feito, pois ainda era virgem. Ela estava certa, nada como o tempo pra curar as dores, nada com um segredo bem guardado,sim, eu amava o Bê, mais esse sentimento so pertência a min, e a mais ninquem.
Nicole não sabia, mais a historia de vida dela tinha mechido comigo, agora eu estava com medo, assustado, o que poderia aocnteçer comigo no futuro? e se as pessoas descobrissem que eu gosto do Bê? Ela me deu seu numero de telefone e disse que sempre que precisase podia contar com ela, isso me tranquilizava
Como uma pessoa pode sofrer tanto na vida e ainda ser feliz? Nicole me trouxe essa questão, e me fez respeitar mais do que nunca os travestis, pessoas que não tinham medo de demonstrar seu verdadeiro eu, ser quem elas queriam ser, sem medo de reprezárias e de qualquer preconceito, pessoas que vestem a camisa e vão a luta, vão viver, " viva a liberdade de escolha"
Pequei o taxi pra casa totalmente diferente, entendendo melhor meu mundo, e o mundo a minha volta, entendendo melhor o que é liberdade, e na verdade, estava disposto a lutar pela minha, lutar pela minha felicidade, hoje eu sei o que quero e não vou me esconder e vou batalhar pra ter aquilo que quero:
" o amor de Bernado"